A coisa mais
indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio
conhecimento. (Platão)

Diante desse cenário, a gestão do
conhecimento (GC) se torna um valioso recurso estratégico para o
desenvolvimento das empresas e um fator indispensável para
a sustentabilidade das organizações. A gestão do conhecimento é uma
prática estruturada que estimula a inovação, com foco na geração de
resultados. De acordo com Davenport e Prusak, no livro Conhecimento Empresarial: Como as Organizações
Gerenciam o seu Capital Intelectual, a GC passa por três pilares:
criação, disseminação e utilização de conhecimentos.
Através da GC, os colaboradores são incentivados a compartilhar
aquilo que sabem, mas, também, incentivados a buscarem novos conhecimentos
para que toda experiência apreendida possa ser acessada por todos a
fim de melhorar a produtividade. A gestão do conhecimento teve sua origem
no conceito inglês KM (Knowledge Management), e significa a criação de
processos que gerem, armazenem e gerenciem os conhecimentos na
organização. Aplicar a gestão do conhecimento na empresa vai contribuir
para superar qualquer ameaça, seja uma crise ou concorrência. Por esse
motivo, é comum observar que empresas já estão se preocupando cada vez mais em
investir na educação corporativa.
VANTAGENS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO
- Estar à frente da concorrência.
- Melhoria na qualidade da prestação de serviços.
- Diminuição de re-serviços, reduzindo custos e desenvolvendo
melhores produtos.
- Otimização dos processos internos, agilidade e fluidez.
- Antever as mudanças.
APLICAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO
Não existe uma abordagem única, ou uma receita para aplicação da
GC na organização. Vale lembrar que a GC deve contribuir para que a
empresa atinja seus objetivos estratégicos, então, pode variar de empresa
para empresa. Para evitarmos muitos conceitos vejamos a seguir alguns
exemplos práticos que algumas empresas desenvolvem em seus projetos de GC:

- Variação de atividades ou job rotation: Isso significa conduzir
o colaborador a adquirir novas experiências, atuando por um período em
outros setores ou cargos. Essa prática impede a famosa zona de conforto e
faz com que o colaborador aprenda coisas novas.
- Investir em treinamentos continuados que agreguem informações
que possam ser transformadas em conhecimentos, mas, a capacitação tem que
estar alinhada com os objetivos da empresa.
Infelizmente, existem alguns entraves que impedem a aplicação da
GC nas empresas. Um deles é aquele gerente ou empresário que ainda pensa
assim: Não vou treinar meu colaborador, depois ele sai da empresa e leva
tudo o que aprendeu para a concorrência. Se você é um gestor e pensa
assim, mude já. É melhor correr o risco de treinar os colaboradores, mesmo
sabendo que eles podem ir para a concorrência do que nunca treinar e ter
funcionários medíocres sempre trabalhando em sua empresa.
Para que a GC seja um fator determinante para o crescimento
empresarial, o RH e a área de TI podem atuar como facilitadores nesse
processo, contribuindo para que os gestores das diversas áreas e
suas equipes disseminem e incorporem o conhecimento. Existem empresas
que possuem excelentes gestores de negócios, mas, na maioria das vezes,
eles não são bons em gestão de pessoas e muito menos na disseminação
do conhecimento. Nesse caso, o RH pode ajudar a construir o conhecimento
dentro da organização. Quanto à área de tecnologia, ela deverá servir de
suporte à GC, atuando como coadjuvante, aliando o conhecimento humano com
a velocidade.
Portanto, as empresas de sucesso já sabem que não dá mais para se
manterem competitivas sem ações efetivas que criam e integram o
conhecimento para todos os níveis da organização. É preciso que os líderes
envolvam as pessoas para que ninguém fique guardando o conhecimento na
gaveta. Conhecimento precisa ser transformado em resultados e, para isso,
é preciso definir com clareza quais são os objetivos da organização e
utilizar a GC com uma poderosa ferramenta, que contribuirá para que a
empresa seja melhor a cada dia.
0 comentários:
Postar um comentário